Gina Lollobrigida: as deusas também morrem!

Milton Parron com Gina Lollobrigida

A via Appia Antica é uma das principais estradas da antiga Roma. Recebeu esse nome em memória do político romano Ápio Claudio Cego, que foi quem iniciou a sua construção no ano 312 a.C.  Era chamada, em latim, de Regina Viarum – a “rainha das estradas”. Portanto, nada mais natural que nela residisse, numa luxuosa vila nos arredores de Roma, uma das rainhas da beleza do cinema mundial: Gina Lollobrigida, cujo corpo escultural e beleza estonteante roubaram a cena no filme “Trapézio”, rodado em 1956, estrelado por ela e também por Burt Lancaster e Tony Curtis.  

Gina, rotulada de “deusa da beleza”, começou em “As aventuras de Fanfan” e depois, entre outros, brilhou em “O Diabo Riu por Último”, “Pão, Amor e Fantasia”, “Quando Setembro Vier”, “Trapézio”, “Filhas do Desejo”, “Salomão e a Rainha de Sabá”, “Hotel Paradiso”, “O Corcunda de Notre Dame” – e a relação vai longe.

Estive com ela, em sua mansão da via Appia Antica, em 1972, num finalzinho de tarde com o sol já quase poente. Gina morreu nesta segunda feira, 16 de janeiro, e, de imediato, me veio à memória os muitos assuntos que tratamos durante umas duas horas, principalmente sobre um livro de fotos mostrando a Itália por um ângulo diferente, que ela estava terminando para ser lançado até o começo do ano seguinte. Fotografar era seu passatempo preferido e acabou fazendo desse hobby uma atividade profissional pela qual deixaria o cinema em segundo plano:

Gina Lollobrigida foi a contribuição italiana para o conceito de sex symbol de Hollywood, tendo contracenado com Humphrey Bogart, Anthony Quinn, Burt Lancaster, Tony Curtis, Steve McQueen, Frank Sinatra, Rock Hudson, Sean Connery, Marcelo Mastroianni e dezenas de outros.

Interessante que, convidado para ficar para o jantar, claro que não recusei. Repentinamente, apareceu na residência para abraçar a amiga, outra estrela de estupenda beleza e popularidade, Claudia Cardinale. Gentilmente apresentada à ela por Gina, com encômios até exagerados, acabei fazendo também com Claudia outra longa entrevista que qualquer dia posto neste blog.

Ao me retirar, uma dúvida dominou minhas reflexões: qual das duas era mais bonita? No dia seguinte, ao me ver frente a frente com a terceira entrevistada, cheguei à conclusão de que esta última ganhava das duas anteriores. Tratava-se de Sophia Loren. As três empataram em simpatia e simplicidade, porém, no quesito beleza, Sophia era imbatível.

Veja também:

Milton Parron

Milton Parron começou a carreira em 1960 e testemunhou os grandes acontecimentos policiais, esportivos, políticos e culturais em São Paulo e no Brasil. É um dos maiores repórteres da história do rádio brasileiro.

Adicionar comentário

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Milton Parron começou a carreira em 1960 e testemunhou os grandes acontecimentos policiais, esportivos, políticos e culturais em São Paulo e no Brasil. É um dos maiores repórteres da história do rádio brasileiro.

Your Header Sidebar area is currently empty. Hurry up and add some widgets.