A morte de Silvio Santos teve tamanha e tão demorada repercussão quanto a notícia da morte de personagens proeminentes em todas as áreas de atuação no Brasil bastando, para cotejar, pesquisar os jornais e emissoras de rádio que cobriram as mortes de Carmen Miranda, Monteiro Lobato, Getúlio Vargas, Adhemar de Barros, Pelé, Ayrton Senna etc.
Não é bastante ser apresentador famoso na televisão para se tornar um ídolo das massas, é preciso aquele algo mais que se resume numa palavra: carisma, e isso ele tinha em excesso.
Inteligente, educado, brincalhão, esperto para os negócios e hábil nas respostas, não era fácil entrevista-lo. Em 1988, sobre a venda da TV Record que, então, lhe pertencia – embora negasse de pés juntos – não tive dificuldades em convence-lo a me dar uma entrevista sobre as negociações que estavam sendo mantidas em sigilo
Ele me “enrolou” com tamanha classe, que ao término da conversa, quase cheguei a acreditar que não estava dando informações e, sim, palpites sobre a venda de uma empresa que ele nem sabia em que ramo atuava.
Sabidamente, o sorriso é o meio mais eficaz de comunicação entre uma pessoa e a multidão à sua volta. Está explicada a paixão que Silvio Santos despertou nos corações dos brasileiros?
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