Medicina não pode ser um negócio

Nunca me esqueci dessa afirmação feita em uma das muitas entrevistas que realizei com o médico, professor e cientista Adib Domingos Jatene. O acreano nasceu em 1929, em Xapuri, filho de imigrantes árabes e formado em Medicina pela USP, escola onde mais tarde também ministraria aulas. Jatene passou boa parte de sua vida profissional pedindo mais honestidade e a criação de prova de capacitação antes de dar registro profissional aos novos médicos. Jatene se tornou um dos maiores cardiologistas do Brasil, sendo respeitado internacionalmente, tendo recebido menções, prêmios e títulos em muitas partes do mundo, bastando citar que o governo e a Sociedade de Cardiologia da Grécia o laurearam, em 2007, como um dos sete homens mais sábios da Terra no campo da cirurgia cardiovascular. Homenagens idênticas recebeu na França, EUA, Inglaterra, Espanha, Itália, etc.

Desde os tempos acadêmicos, Jatene integrou a equipe do professor Euryclides de Jesus Zerbini, com quem trabalhou durante muitos anos. Em outubro do ano 2000, o professor Adib Jatene foi entrevistado na Rádio Bandeirantes pelo apresentador Anderson Afonso, abordando assuntos relacionados com a cardiologia do passado, do presente e do futuro:

Após sofrer um infarto agudo do miocárdio, Adib Jatene faleceu no dia 14 de novembro de 2014, e seu corpo foi velado no anfiteatro do Hospital do Coração, fundado por ele, sendo sepultado no dia seguinte no cemitério do Araçá.