Maria Helena, que exemplo!

Sem dúvida, quem protagonizou a cena de maior emoção para os brasileiros, nos Jogos Pan-Americanos de 1991, foi a nossa equipe feminina de basquete. As comandadas de Maria Helena Cardoso deram um show à parte, especialmente na decisão contra Cuba, naquele Pan-Americano que foi realizado em Havana, em agosto de 1991. Brasil 97 a 76 e Fidel Castro ficou tão encantado com a beleza do basquete feminino do Brasil, que desceu de seu camarote e fez questão de entregar as medalhas para nossas meninas, chegando a brincar que não daria medalhas para duas delas, as maiores jogadoras brasileiras de todos os tempos, rainha Hortência e Magic Paula, a quem chamou de “brujas” e que teriam trapaceado usando miras laser escondidas para acertar tantos arremessos. Ao término do jogo, o repórter Cândido Garcia invadiu a quadra para conversar com a técnica campeã, colecionadora de títulos desde os tempos em que também jogava: Maria Helena Cardoso:

Maria Helena, paulista de Descalvado, começou a jogar basquete no São Carlos Clube e depois no XV de Piracicaba onde atuou por quase vinte anos, sem falar nos dezesseis em que serviu a seleção brasileira. Formada em educação física, iniciou-se como técnica, também no XV de Piracicaba, trabalhando com crianças nas escolas e participando de campeonatos regionais. Dirigindo equipes de ponta, estreou em 1984 no comando técnico da UNIMEP – Universidade Metodista de Piracicaba. Ao longo da carreira, como jogadora e como técnica, conquistou diversos títulos brasileiros, sul-americanos e mundiais. Atleta exemplar, em todos os sentidos.