Foi no mês de maio do ano 2000 que o governador Mario Covas protagonizou um episódio que poderia terminar em tragédia. Professores em greve por melhores salários resolveram acampar na praça da República no entorno do colégio Caetano de Campos, sede da Secretaria de Educação. Foi nesse contexto que o governador resolveu fazer uma reunião com o secretário lá em seu gabinete, no meio do vespeiro. Genioso, pavio curto e, sem dúvida corajoso, dispensou o aparato policial que costuma cercar os governantes e enfrentou os grevistas, entre os quais estavam infiltrados muitos dos costumeiros baderneiros e desocupados. No auge do empurra-empurra Mario Covas levou uma cacetada na cabeça desferida por alguém que se evadiu no meio da confusão. Irado, ao contrário do que faz a maioria, o governador não apenas permaneceu no meio da batalha campal como fez um discurso inflamado de quase meia hora desafiando a todos que estavam na manifestação:
Àquela altura dos acontecimentos o governador Mario Covas estava se submetendo a tratamento quimioterápico para combater um câncer na bexiga do qual tinha sido operado dois anos antes. A doença voltou cerca de 5 meses depois dos incidentes na praça da República. No dia 6 de março de 2001, Mário Covas acabou falecendo em função daquele tumor.
jGrande Covas. Primeiro e … único.