Também na política, tudo se copia

Fleury
Fleury

Diz a lenda que o governador Orestes Quércia teria afirmado, ao apadrinhar a candidatura de seu secretário de Segurança Pública à sua própria sucessão, “quebro o Estado mas faço o meu sucessor”. Essa afirmação, se ocorreu de fato, nunca foi bem digerida pela oposição que vivia atenta aos atos do governador Fleury Filho depois que foi empossado no cargo.
No dia 30 de junho de 1992 o deputado Luis Carlos Silva, líder do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo fez uma grave denúncia relatando uma reunião do governador Fleury Filho com deputados dos partidos que lhe davam sustentação, realizada um ano antes, durante à qual teria exposto fatos normalmente escondidos a sete chaves. Como diz o ditado, o deputado Luis Carlos Silva não apenas matou a cobra como também mostrou o páu:

http://webcast.sambatech.com.br/002E76/account/65/14/media/audio/2c9f94b534b0c1740134b8a0a7a00897/FLEURYFILHO.mp3

Perceberam como a vassalagem, eleita pelo povo para representá-lo junto ao governo, deu gostosas gargalhadas a cada matreirice anunciada pelo governador naquela reunião?  Episódios como esse, envolvendo figuras de todos os escalões e de todos os Poderes da República, existem em grande número armazenados no Centro de Documentação e Memória da rádio Bandeirantes – Cedom.  Trata-se do acervo mais completo do rádio brasileiro porque reúne material de cobertura jornalística e esportiva e, também, da programação artística da rádio Bandeirantes desde a sua inauguração ocorrida a 6 de maio de 1937.

Milton Parron

Milton Parron começou a carreira em 1960 e testemunhou os grandes acontecimentos policiais, esportivos, políticos e culturais em São Paulo e no Brasil. É um dos maiores repórteres da história do rádio brasileiro.

4 comentários

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    • Estava de férias e fora do Brasil. Deixei programado Paulo Cesar, mas agora já estou em pleno trabalho. Assim que terminar a série Carnaval vou postar algo. Obrigado pela atenção, participe e me mande sugestão. É muito bom contar com a colaboração dos internautas. Milton.

  • Caro Parron, poxa vc e seu blog ficam la embaixo, no final e eu nunca tinha o visto. Hoje descobri mais uma fonte, para abastecer a minha memória. Sugiro que nos programas da radio, infelizmente em horarios não nobres, vc anunciasse este blog, para nós os desmemoriados! Sobre a MATREIRICE la em cima: o que dizer né? Politicos e seus malditos Partidos! Abçs. Se fã, e ja reclamei que lhe tiraram uma hora de programa, para as bobagens ganharem mais merchan, mas fazer o que?

    • Obrigado, caro Alexandre.
      Fico muito enaltecido por ouvintes como você. Vou providenciar esta divulgação e ressalto que assim como na Rádio Bandeirantes, também exibo o Memória pela Universidade de São Paulo. A Débora, minha esposa, costuma divulgar as atualizações do Blog pelo Facebook dela. Débora Raposo é o contato. Grande abraço e vou colocar em pauta sua sugestão. Grato.

Milton Parron começou a carreira em 1960 e testemunhou os grandes acontecimentos policiais, esportivos, políticos e culturais em São Paulo e no Brasil. É um dos maiores repórteres da história do rádio brasileiro.

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