Para que João Goulart pudesse assumir a presidência da República, em função da renúncia de Jânio Quadros, foi necessária uma composição entre os legalistas e os eternos golpistas, sempre vigilantes à espera de oportunidades. Alegavam, estes, que o vice presidente era muito alinhado com o comunismo e porisso tentavam impedir a sua posse. Foi, então, costurado um acordo e a proposta que venceu foi a de alteração da Constituição transformando o regime de governo presidencialista em regime parlamentarista, de forma que o presidente da República não teria mais poderes exclusivos, precisando submeter suas decisões ao gabinete de ministros.
O primeiro gabinete foi presidido por Tancredo Neves e tomou posse no dia 08 de setembro de 1961, 16 dias após a renúncia de Jânio. Logo após ser empossado ele foi ouvido pelo repórter Bahia Filho, da rádio Bandeirantes AM de São Paulo:
Tancredo presidiu o gabinete de ministros no regime parlamentarista no período de setembro de 1961 até junho de 1962. O gabinete seguinte foi presidido por Brochado da Rocha, de junho até setembro de 1962 e o terceiro e último teve como chefe Hermes Lima que durou de setembro de 62 até janeiro de 1963 quando um referendo popular determinou o retorno ao presidencialismo.
A História atual do Brasil é uma novela pelo poder, o povo à margem, não sufraga nesse redemoinho.