O Bandido da Luz Vermelha

O crime da mala, Chico Picadinho, O monstro da Vila Maria, Motoboy assassino, Assalto dos 500 milhões, Quadrilha dos crioulos doidos, Meneghetti, Sete Dedos, Quinzinho o rei da Boca, Boca de Traíra, etc. A crônica policial paulistana é riquíssima em estórias e personagens que, em momentos diversos, dominaram o noticiário. Nenhum, porém, se compara a João Acácio Pereira da Costa, o Bandido da luz vermelha que até filme virou, de péssima qualidade, diga-se. Sua forma de agir era quase sempre a mesma, invadindo mansões e apartamentos, cortando a energia elétrica. Onde havia mulheres que lhe chamassem a atenção, costumava violenta-las. Nas suas sortidas usava uma lanterna com lente protegida por papel transparente vermelho para diminuir o foco de luz e não chamar demasiadamente a atenção.

Depois de meses de investigações e perseguição policial, João Acácio foi preso e acusado de 4 homicídios, 7 tentativas e 77 assaltos e, por esses crimes, foi condenado em 1967 a mais de 300 anos de prisão. Quando já cumpria o vigésimo quinto ano de sua condenação, João deu uma entrevista ao repórter da rádio Bandeirantes, Renato Lombardi, ficando muito claro que além de carregar uma absurda vaidade ele continuava mentalmente mais doente, o que suscita a dúvida levantada na ocasião em que foi assassinado, em Joinvile, em janeiro de 1998: como é que a Justiça permitiu que se colocasse em liberdade uma pessoa em total estado de desequilíbrio? Depois de ouvir um trecho da entrevista, se quiser, pode opinar.

http://webcast.sambatech.com.br/002E76/account/65/14/media/audio/2c9f94b433f0f7ea0133f556b7e80546/SOMEDITADOBANDIDODALUZVERMELHA.mp3

Milton Parron

Milton Parron começou a carreira em 1960 e testemunhou os grandes acontecimentos policiais, esportivos, políticos e culturais em São Paulo e no Brasil. É um dos maiores repórteres da história do rádio brasileiro.

6 comentários

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  • Que saudade do Parron e de suas matérias investigativas na Radio Jovem Pan. Bons tempos aqueles em que, a par de sua gravidade, os crimes eram muito mais “românticos”, como os assaltos do bandido da Luz Vermelha, Sete Dedos, Meneghetti, etc, exceto, é claro, os crimes de morte que serão sempre odiosos. Hoje, o Datena conseguiu “avacalhar” tudo isso.

  • nao encontrei o trecho da entrevista. Mas na epoca de sua soltura tomei conhecimento, e minha reaçao ao assitido foi pensar que como alguem que ouviu suas declaraçoes, pode permitir que tal elemento de extrema periculosidade e desequilibrio fosse colocado em liberdade.

  • Gostaria de saber mais sobre o sete dedos e o meneghet, meu pai me falava que o 7 dedos pulava de telhado em telhado, é verdade? e tbm sobre o quinzinho ali das bocas da barão de campinas e tbm o boca de traira, e os crioulos doidos, que ajiam em interlagos, agradeço. Feliz Natal. sou teu fã, a muito tempo.

  • Gostaria de saber mais sobre o sete dedos e o meneghet, meu pai me falava que o 7 dedos pulava de telhado em telhado, é verdade? e tbm sobre o quinzinho ali das bocas da barão de campinas e tbm o boca de traira, e os crioulos doidos, que ajiam em interlagos, agradeço. Feliz Natal. sou teu fã, a muito tempo.moro aqui em ilha comprida, s.p.

Milton Parron começou a carreira em 1960 e testemunhou os grandes acontecimentos policiais, esportivos, políticos e culturais em São Paulo e no Brasil. É um dos maiores repórteres da história do rádio brasileiro.

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