E partiu mais uma das grandes estrelas da fulgurante constelação artística da chamada fase de ouro do rádio brasileiro. Agora foi a vez de Abelim Maria da Cunha que, vedada pelos pais que não queriam ver a filha envolvida com espetáculos musicais, apresentava-se em programas de auditório usando um nome de fantasia, Angela Maria. Tentei muitas vezes entrevista-la para o meu programa MEMÓRIA, na rádio Bandeirantes. Sua agenda era tão sobrecarregada que somente consegui traze-la ao programa por volta de 1996. Foram duas horas de conversa divertida durante as quais ela recordou histórias de sua carreira. Tantas histórias que foi preciso forçar sua memória porque de algumas delas ela já havia se esquecido, entre estas o dia em que participou do programa de auditório mais bagunçado da televisão brasileira, mais até que o programa do Chacrinha. Chamava-se Jovem Guarda e era comandado por Roberto Carlos:
Das centenas de músicas gravadas por Angela Maria, quase 500 no total, dezenas delas se tornaram verdadeiros clássicos entre estes, Adeus Querido, Babalú, Vida de Bailarina, Fósforo Queimado, Falhaste Coração, Lábios de Mel, Gente Humilde, Cinderela, Tango para Tereza tudo isso sem falar nos sambas e marchinhas de carnaval. A propósito, em 1994 a eterna “rainha do rádio” foi homenageada pela escola de samba paulistana Rosas de Ouro que, levando para a avenida o enredo SAPOTI, venceu o carnaval paulistano daquele ano.
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