Perderam a vida, mas ganharam o respeito até dos adversários

Revolução Constitucionalista de 1932

Em agosto de 1932, os espaços nos jornais do Brasil só falavam da guerra civil em nosso País, a Revolução Constitucionalista iniciada no dia 9 de julho. Passados 90 anos, a epopeia de 32 continua sendo uma das páginas mais emblemáticas de nossa história.

Tudo começou, em verdade, dois anos antes quando a chamada Revolução de 30 derrubou o presidente Washington Luis, impediu a posse de seu sucessor eleito pelo voto universal, Júlio Prestes e, de quebra, colocou na chefia de governo Getúlio Vargas que, não sendo um leitor atento, interpretou os artigos e capítulos da Constituição brasileira erroneamente e dessa maneira em vez de promover novas eleições decidiu se perpetuar no Poder.

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O não cumprimento da promessa de ser votada e promulgada uma nova Constituição para substituir a de 1891, que tinha sido abolida por Getúlio, levou os paulistas a pegarem em armas para lutar contra Vargas. O Movimento, que passou para a história com o nome de Revolução Constitucionalista de 32, teve início no dia 09 de julho daquele ano.

Mais de 200 mil voluntários se apresentaram, dos quais 60 mil eram combatentes. Um deles, o coronel Atiliano Martins Corrêa, deu em 1998 um depoimento emocionado na Rádio Bandeirantes:

No total foram 87 dias de combates, entre 09 de julho e 04 de outubro de 1932, com um saldo oficial de 934 mortos, embora estimativas apontem um número bem maior, 2.200 mortos entre os Constitucionalistas e os Governistas.

A Revolução de 32, com a participação majoritária dos paulistas, foi um desses movimentos que dignificam os que dela participaram porque não visava atender os interesses de um grupo, mas de toda a nação.

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