Rei morto, rei posto? Pois sim!

Mário Lago – Reprodução/TV Brasil

Mário Lago, que morreu há 18 anos, em maio de 2002, apesar de formado em Direito preferiu seguir a carreira artística onde trilhou diversos caminhos, optando inicialmente pelo literário, tendo lançado seu primeiro poema com apenas 15 anos de idade. Depois, além de poeta, tornou-se radialista, compositor e ator. Assinou músicas que caíram no gosto popular para sempre, destacando-se entre elas: “Ai, que saudade da Amélia”, “Atire a primeira pedra”, “Será?”, “Devolve”, “Fracasso”, “Número Um”, “Aurora”, etc.

No início da administração João Saad à frente da Rádio Bandeirantes, em 1948, Mário Lago foi contratado para integrar o elenco de rádio teatro da Bandeirantes. Os mais antigos da casa relatavam que Mário Lago tinha dois passatempos. Um era escrever HAIKAI, estilo japonês de poemas curtíssimos de no máximo dezessete sílabas, onde se encaixam emoções, imagens, comparações, sonhos, desejos e por aí vai. E a outra mania era escrever em formato de cordel, versos complicados que se sucediam, cada um se iniciando na ordem contrária em que o verso anterior tinha terminado:

Culto e inteligente, perseguido pelo governo Vargas e mais tarde pelo regime instalado no Brasil em 1964, Mário Lago foi preso sete vezes, em 1932, 1941, 1946, 1949, 1952, 1964 e 1969, e sempre pelo mesmo motivo, sua militância no partido comunista. Ele morreu dia 30 de maio de 2002 aos 90 anos de idade e até hoje não apareceu ninguém com suas qualidades desmentindo, por enquanto, o adágio de que não existe ninguém insubstituível.

Milton Parron

Milton Parron começou a carreira em 1960 e testemunhou os grandes acontecimentos policiais, esportivos, políticos e culturais em São Paulo e no Brasil. É um dos maiores repórteres da história do rádio brasileiro.

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Milton Parron começou a carreira em 1960 e testemunhou os grandes acontecimentos policiais, esportivos, políticos e culturais em São Paulo e no Brasil. É um dos maiores repórteres da história do rádio brasileiro.

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