A República está desmoronando a cada dia na medida em que as escutas telefônicas flagram conversas entre verdadeiros quadrilheiros que sempre posaram como cidadãos acima de qualquer suspeita. Antes das escutas telefônicas e delações serem a regra para afastar político suspeito, foi uma gravação telefônica que levou à demissão o ministro Rogério Magri no governo Fernando Collor de Melo, episódio que resultou num trabalho jornalístico de grande repercussão em todo o País protagonizado pelas rádios Bandeirantes e Excelsior, hoje CBN.
Volney Ávila, diretor de Fiscalização do INSS acusava seu superior, ministro do Trabalho e Previdência Social, Antonio Rogério Magri, de ter recebido propina para um determinado favorecimento, e, para corroborar a acusação apresentou uma gravação telefônica. Ambos foram exonerados pelo presidente da República. Magri negava a autenticidade da gravação, porém, nem mesmo a CPI criada no Congresso conseguiu colocar acusador e acusado frente à frente cabendo a proeza às rádios Bandeirantes e CBN que, numa decisão inédita e inteligente, entraram em rede no dia 28 de maio de 1992 no exato momento em que Rogério Magri era entrevistado no Jornal Gente por José Paulo de Andrade e Salomão Esper e CBN Volney Ávila dava entrevista a Heródoto Barbeiro:
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