Na manhã de 18 de fevereiro de 1949, as pessoas que transitavam pela Avenida Rio Branco notaram uma movimentação anormal diante do palácio dos Campos Elíseos, que era a sede do governo de São Paulo. Um grande número de soldados estava perfilado no pátio interno ao qual, quem estava de fora, tinha ampla visão.
Hoje troca de comando é uma solenidade que passa despercebida mas, naqueles tempos, era motivo até de desfile, ainda mais que o chefe da Casa Militar, que estava passando o comando ao capitão Benedito Elpídio Hidalgo, era o lendário coronel da Força Pública, hoje Polícia Militar, João Negrão. Em 1927 ele foi simplesmente o copiloto de João Ribeiro de Barros a bordo do avião JAHÚ, que fez a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, sem escalas. Um herói, portanto, estava saindo de cena naquele 18 de fevereiro de 1949, fato tão importante que a Bandeirantes transmitiu com o repórter Jose Carlos de Moraes a despedida emocionada de João Negrão:
João Negrão era tenente aviador da Esquadrilha de Aviação da Força Pública de São Paulo quando foi convidado para compor a tripulação do Jahú na travessia do Atlântico Sul. Nascido em 1901 em São Paulo, aqui mesmo faleceu em 1978, logo após completar 77 anos de idade.
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