Novembro de 1969 é um mês emblemático na história do futebol brasileiro, em verdade, futebol mundial. E não apenas pela extraordinária marca dos mil gols de Pelé obtida no jogo do Santos contra o Vasco no dia 19 de novembro, mas pela expectativa gerada nas partidas anteriores ante a iminência de que o milésimo gol seria marcado a qualquer momento.
O desejo dos dirigentes do futebol era de que o tão esperado tento ocorresse num grande estádio e, preferencialmente, durante um clássico. Como, então, evitar que Pelé marcasse o sonhado gol num jogo de pouca expressão tendo ele de estar em campo em todas as partidas, importantes ou não, incluindo as amistosas que só eram contratadas se houvesse a garantia do camisa 10 em campo?
A criatividade dos dirigentes também entra em campo com muita frequência e foi o que aconteceu no dia 14 de novembro de 1969, em João Pessoa, quando o Santos jogou amistosamente com o Botafogo local e a rádio Bandeirantes lá estava com o narrador Ennio Rodrigues.
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Naquele dia Pelé tinha 998 gols oficialmente registrados e, para evitar que o de número mil acontecesse, o técnico do Santos já demonstrou sua má intenção ao não relacionar um goleiro para o banco de reservas. O Santos vencia por 2 a 0 quando Pelé marcou o terceiro. Alguém poderia imaginar o que se daria dali para a frente?
Por todas essas razões, não à toa Pelé é considerado o melhor jogador de futebol de todos os tempos.
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