OS BROTOS É QUE COMANDAVAM

Final dos anos 50, Cely Campelo estoura em todas as rádios com o seu Estúpido Cupido, ao mesmo tempo que Sérgio Murilo emplacava Marcianita, George Freedman com Coisinha Estúpida, Carlos Gonzaga arrasava com a versão de Diana e muitos outros detonavam naquele cenário artístico de jovens talentos. Aquele ambiente musical fervilhante obrigou, por assim dizer, a Rádio Bandeirantes a criar vários programas que acabariam por se tornar referências no rádio paulistano até hoje, sendo desnecessário dizer que eram imbatíveis em audiência. Alguns deles, Telefone Pedindo Bis, apresentado por Enzo de Almeida Passos, Picape do Pica-pau, de Valter Silva (Pica-pau), Festival de Brotos, este último aos domingos e também produzido por Enzo de Almeida Passos, ainda os Brotos Comandam com Serginho Galvão.
Todos os programas citados ficaram muito tempo no ar, alguns mudaram de apresentadores e curiosamente não perderam a audiência, ao contrário, se solidificaram na preferência popular. Foi o caso de Os Brotos Comandam que passou a ser apresentado mais tarde por Luiz Aguiar um extraordinário profissional do rádio que a Bandeirantes foi buscar em Ribeirão Preto, inicialmente para transmitir futebol e, mais tarde, enveredou pelo mundo artístico. Na década de 70 ele também presidiu o Sindicato dos Radialistas do Estado de São Paulo tendo realizado uma ótima gestão.

Já é uma tradição todo dia 6 de maio, a Bandeirantes organizar programas especiais comemorativos à data de seu aniversário e assim também ocorreu nos 55 anos de sua fundação, em 1992. Naquela data, no Jornal Gente, apresentado por José Paulo de Andrade e Salomão Ésper, três convidados mais que especiais divertiram o público a valer, justamente Luiz Aguiar e de quebra a dupla Tonico e Tinoco. Ouçam e me respondam: o que vocês acharam?

http://webcast.sambatech.com.br/002E76/account/65/14/media/audio/2c9f94b6331809730133181c64af0020/CEDOMLUISAGUIAR.mp3

Milton Parron

Milton Parron começou a carreira em 1960 e testemunhou os grandes acontecimentos policiais, esportivos, políticos e culturais em São Paulo e no Brasil. É um dos maiores repórteres da história do rádio brasileiro.

13 comentários

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  • Eu estava lá, eu ouvia aqueles programas, todo dia, principalmente a voz linda do Enzo de Almeida Passos, Humberto Marçal e outros.

    Saudade.

  • Parabéns por lembrar dessa dupla que muito fez pelo universo caipira,um programa memoravel ainda com geniais Zé Paulo e Salomão os condutores do informativo gente minha referência opinativa no periodo da manhã.
    Parron aproveitando espaço felicito o senhor por completar mais uma primavera no jardim de sua vida,gosto muito do seu trabalho sendo no Ciranda ou mesmo sendo nosso arqueólogo radiofônico pelos registros que passam ao longo dos tempos em nossa Bandeirantes.
    Até uma próxima e felicidades.

  • Prezado Milto Parron, quantas saudades desse tempo, sempre ouvi a radio Bandeirantes, e todos esses programas que vc citou me grandes saudades, que infelizmente não voltam mais, parabens por ter trazido todas essas lembranças maravilhosas dos meus tempos de juventude, abraços.

  • Que saúdes do rádio desta época, me recordo quando o Enzo de Almeida Passos encostava a sua tradicional perua e de lá fazia o seu programa.
    Saudades, saudades

  • Milton, afinal o programa “Os Brotos Comandam” da Bandeirantes, era apresentado pelo Luis Aguiar como esta no livro acima ou pelo Serginho Galvão, conforme vc. cita.
    Abraços,

  • Acho que houve um pequeno engano referente a data. Geroge Freedman gravou Coisinha Estupida já na época da Jóvem Guarda, na época dos grandes cantores, Gonzaga, Celly e Tony, George fazia sucesso com Speed Gonzales, Mutiplication, etc…

  • Amigo Milton Parron! Obrigado por lembrar do meu nome em sua matéria. Estou no Facebook a sua disposição. Um grande abraço!!!

  • e das cronicas do Fiori Gigliotti, quantas saudades eu morava no interior e ouvia, OS BROTOS COMANDAM, e o Fiori Gigliotti
    Pena, que tudo que é bom se acabam
    Abraço a toda equipe

Milton Parron começou a carreira em 1960 e testemunhou os grandes acontecimentos policiais, esportivos, políticos e culturais em São Paulo e no Brasil. É um dos maiores repórteres da história do rádio brasileiro.

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