As especulações políticas tomaram conta do Brasil durante todo o segundo semestre de 1977, muito antes de vencer o mandato do presidente Ernesto Geisel. O assunto era um só: quem seria o seu sucessor? Com base no Ato Institucional número um, o chamado AI-1, editado pelo regime militar de 64, as eleições presidenciais para a presidência da República eram indiretas, como também a de governadores. Os militares indicavam um nome para concorrer a presidência e, ao Congresso Nacional, cabia referenda-lo, ou não. Por coincidência, mera coincidência, os cinco presidentes daquele período foram aprovados sem a mínima dificuldade. No dia 04 de janeiro de 1978, com mais de um ano de antecedência ao fim de seu mandato, para acalmar os açodados, entre os quais o influente general Hugo de Abreu que sonhava com a presidência, o general Ernesto Geisel anunciou seu sucessor:
Apesar de tanto idílio nos discursos, João Baptista de Figueiredo e seu vice Aureliano Chaves, iniciaram o governo como amiguinhos e terminaram como adversários que não se suportavam. Ao presidente Figueiredo deve-se a condução do processo iniciado no governo Geisel no sentido de promover a abertura política, permitindo ao País voltar a viver a plenitude democrática.
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