O BRASIL NOS TEMPOS DO CANGAÇO

Astuto, violento e vaidoso, durante cerca de 20 anos ele aterrorizou o sertão nordestino.
Perseguido pela polícia, conseguia sempre se evadir, deixando atrás um rastro de sangue e de muitos mortos, inclusive entre seus companheiros. Pouco a pouco foi ganhando fama e à ele reuniram-se dezenas de seguidores. Eram todos oriundos das classes mais pobres e tinham em comum o fato de terem sofrido algum tipo de grave injustiça praticada invariavelmente pela polícia sempre a soldo de algum figurão político ou de grandes posses. Chamava-se Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampeão. Ele e sua mulher Maria Bonita, ainda hoje, quase 80 anos decorridos da morte de ambos, continuam povoando a imaginação daqueles que escrevem estórias de cordel. Na maioria das estórias eles são descritos como verdadeiros paladinos dos mais fracos e oprimidos, pessoas generosas e de muita coragem, embora o testemunho daqueles que algum dia cruzaram os seus caminhos relatem exatamente o oposto. Algumas das centenas de estórias que hoje são do conhecimento de boa parte da população, tem fundamento, outras são pura invencioníce. Dona Josefa Elias Correia relata um fato verdadeiro que ela testemunhou quando Lampeão e seu bando invadiram um povoado chamado Paranatama:

Inúmeros depoimentos como o de dona Josefa serão apresentados no programa Memória que a partir do primeiro sábado de 2013 descreverá a estória do cangaço no Brasil. Serão 3 programas, pela rádio Bandeirantes AM 840 khz e 90,9 Fm, com riquíssima ilustração. Sila, mulher de Zé Sereno, braço direito de Lampeão, conta, por exemplo, que ninguém no bando conhecia Maria Bonita por esse nome:

Memória, aos sábados as 23hs00 com reprise aos domingos às 05hs00, pela rádio Bandeirantes AM, e a estória do cangaço no Brasil em três programas, o primeiro deles dia 05.

Milton Parron

Milton Parron começou a carreira em 1960 e testemunhou os grandes acontecimentos policiais, esportivos, políticos e culturais em São Paulo e no Brasil. É um dos maiores repórteres da história do rádio brasileiro.

4 comentários

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Milton Parron começou a carreira em 1960 e testemunhou os grandes acontecimentos policiais, esportivos, políticos e culturais em São Paulo e no Brasil. É um dos maiores repórteres da história do rádio brasileiro.

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