Newton Araújo de Oliveira e Cruz, atualmente com 94 anos de idade, é general de divisão, há muito tempo reformado. Entre outras atribuições, durante sua vida militar, foi chefe da Agência Central do SNI – Serviço Nacional de Informações – entre 1977 e 1983 período em que ocorreram dois fatos emblemáticos, até hoje não devidamente esclarecidos: o atentado a bomba no Riocentro, em 1981, e a morte do jornalista Alexandre Von Baumgarten, em 1982. Baumgarten estava acompanhado da esposa Janete e de um barqueiro que os conduziria para um passeio em alto mar, ao largo da Baia da Guanabara, quando foram sequestrados e executados. Sob a acusação de ter tramado a morte do jornalista, que tinha sido agente do SNI, o general Newton Cruz foi indiciado. O processo se arrastou por 10 anos até que, no dia 2 de julho de 1992, foi anunciado o veredito do Júri Popular que julgou o general:
Quanto ao atentado a bomba no Centro de Convenções do Rio Centro, por decisão do Superior Tribunal Militar, que enquadrou o episódio na Lei da Anistia, o caso foi arquivado no mesmo ano, 1981, sem qualquer punição aos envolvidos.
Uma vergonha. Mais um canalha que se beneficiou da impunidade.
Faltou no Brasil um tribunal como o de Nuremberg, que punise esses vermes devidamente.