Causou surpresa, por sinal agradável, a eleição de um Papa originário da América do Sul, argentino. Francisco I é conhecido por sua dedicação em favor dos pobres. Aliás, é também argentina, uma personalidade política mundialmente conhecida por sua luta em defesa das minorias excluidas, venerada ainda hoje pelas pessoas das camadas mais humildes, Eva Perón, que ao lado do presidente daquele país, seu marido Juan Domingo Perón, muito fez por aqueles aos quais chamava de “descamisados”. No Centro de Documentação e Memória da rádio Bandeirantes, o Cedom, temos algumas entrevistas que o casal concedeu à rádio Bandeirantes nas décadas de 40 e 50. Em uma delas, 1951, o repórter José Carlos de Moraes (Tico-Tico) conversou com o presidente Perón sobre questões comerciais de interesse do Estado de São Paulo governado na ocasião pelo dr. Adhemar de Barros:
O casal Perón era muito cristão e tinha uma relação, especialmente Eva, de grande proximidade com o cardeal italiano Eugênio Pacelli, Papa da época, que usava o nome Pio XII. Essa boa relação não parece existir entre a atual chefe de Estado daquele País e o pontífice que acaba de ser eleito, justamente um seu patrício, fato único em mais de 2 mil anos de história da igreja católica.
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