Em se tratando de política, agosto é o mês em que as bruxas estão soltas no Brasil, bastando lembrar que Juscelino Kubitscheck morreu num acidente na via Dutra no dia 22 de agosto de 1976. Em 1954, dia 24 de agosto, morreu o presidente Getúlio Vargas, que praticou o suicídio em meio a uma avalanche de denúncias movida contra ele pelo jornalista Carlos Lacerda.
Já 25 de agosto de 1961 é a data na qual o presidente Jânio Quadros renunciou ao seu mandato apenas sete meses após assumi-lo, e, não por mero acaso, novamente o pivô da crise foi Carlos Lacerda que na noite anterior à renúncia, por uma cadeia de emissoras cariocas, afirmou que Jânio Quadros estava tramando um golpe de Estado e para executá-lo havia tentado cooptá-lo:
A renúncia de Jânio resultou na posse do vice João Goulart que, oito meses mais tarde, foi deposto graças a um golpe militar que teve a participação de lideranças políticas civis, uma delas, Carlos Lacerda, claro.
Jânio Quadros sempre afirmou que sua renúncia se deu pelo fato de que não tinha maioria no Congresso Nacional e todos os projetos do governo só eram votados se não houvesse a devida compensação, o famoso “toma lá, dá cá”. Também sempre desmentiu a afirmação de Lacerda de que ele, Jânio, pretendia fechar o Congresso, pois se tivesse tal intenção, seria muito mais fácil do que se supõe:
Assim caminha a política nacional desde os tempos do Império. O historiador Pedro Calmon é quem afirma que na época do Brasil colônia, para ganhar título de nobreza em Portugal eram necessários 500 anos, mas, no Brasil, bastavam 500 contos.
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É verdade, basta lembrar que nos oito primeiros anos em terras brasileiras, Dom João VI distribuiu mais títulos de nobreza do que em setecentos anos de monarquia portuguesa. Foram 28 marqueses, oito condes, 16 viscondes e 21 barões.
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