A manchete bombástica ocupou as páginas de todos os jornais brasileiros em agosto de 1953. A repercussão foi devido ao fato de que o sequestrado era o jovem Eduardo Andréa Maria Matarazzo, filho do Conde Francisco Matarazzo, detentor de uma das maiores fortunas do Brasil, e, como se não bastasse, tratava-se de um crime raríssimo naqueles tempos. Até hoje o fato não foi bem explicado. O rapto, como foi registrado na Delegacia de Segurança Pessoal – hoje extinta – foi divulgado por volta das oito e meia da noite pela rádio Bandeirantes e a partir daquele momento o repórter José Carlos de Moraes, Tico-Tico, desdobrou-se incansavelmente acompanhando os fatos. Cerca de 24 horas decorridas do sequestro, Eduardo Matarazzo inexplicavelmente conseguiu se libertar e a primeira coisa que fez foi mandar seu motorista entrar em contato com a Bandeirantes, antes mesmo de falar com a polícia.
Assim era o rádio naqueles tempos. As informações exclusivas eram extremamente valorizadas estimulando os repórteres a se entregar a jornadas de trabalho muito além das suas obrigações. Por essa, e outras razões, nomes como José Carlos de Moraes, Carlos Spera, Murilo Antunes Alves, Perilo de Magalhães, Ferreira Neto, Saulo Gomes são constantemente lembrados.
Milton Parron
pelo time da Vibra na #Band.
A manchete bombástica de sequestro de agosto de 1953 com certeza aconteceu não em 1953 mas em 1951 … Tanto que o Semanário O MONITOR, de Sertãozinho-SP, Edição 762, de 08 de Julho de 1951 faz referência a esse suposto sequestro que em princípio dera de dez milhões de cruzeiros e mercê do poder de intermediação do próprio Conde Francisco Matarazzo caiu pra duzentos mil exigidos por ‘raptores italianos’, coisa que nem a Polícia nem ninguém até hoje conseguiu decifrar. Tudo aponta para um sequestro forjado pelo próprio filho do Conde … Para confirmar a tese de que foi em 1951 sugiro entre-se no site da Prefeitura Municipal de Sertãozinho e clique em Museu de História. No Semanário leia-se um dos itens da Rosa dos Ventos …