No dia 23 de março último, uma notinha de apenas três linhas noticiou a morte do ex-jogador do São Paulo Osmar Rodrigues, vítima de câncer aos 70 anos de idade. Mesmo para os mais apaixonados são-paulinos, a notícia passou em branco. Poucos se deram conta de que Osmar foi uma das maiores promessas do futebol paulista em 1973, quando o Tricolor o contratou junto ao Juventus, que o havia revelado. No São Paulo começou na reserva, afinal o titular era o fantástico Gilberto Sorriso. Num clássico contra o Corinthians naquele ano, no Pacaembu, o técnico Poy escalou Osmar. Mal sabia o jovem atleta que ele protagonizaria naquele jogo uma das cenas mais dramáticas do nosso futebol. Quem narrou o jogo, pela Bandeirantes, foi Joseval Peixoto:
A contusão de Osmar ocupou grandes espaços na imprensa durante vários dias. Depois de meses de recuperação, voltou a jogar, porém, tornou a se contundir seriamente em 1976, e, de novo, contra o Corinthians. As contusões acabaram com seu futebol vistoso e eficiente, e acabou deixando o São Paulo em 1979 e foi jogar em Maringá, no Paraná, sem conseguir recuperar o brilho de antes. Infelizmente as coisas se dão dessa maneira, quando a pessoa está no auge não faltam os encômios e há muitos anos Osmar já havia perdido o status de estrela, de maneira que o anúncio de sua morte, alguns dias atrás, deu-se por notinhas perdidas no rodapé de algumas publicações. Nada comparado com as espalhafatosas manchetes de quando teve a perna fraturada. Na foto, time do Juventus, campeão do Paulistinha 1971. Osmar é o terceiro em pé da esquerda para a direita.
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