Lula e Leonel Brizola nunca definiram bem o que nutriam um pelo outro. Numa hora estavam de boa, no momento seguinte de nariz torcido, de forma que nem mesmo seus correligionários sabiam definir se eram amigos ou saudáveis inimigos. Na campanha presidencial de 1989, por exemplo, Lula resolveu hostilizar Brizola afirmando que ele só gostava de trabalhador “se trabalhase para ele”. Ouça:
Leonel Brizola, língua afiada e raciocínio rápido, não era de engolir desaforo e para baixar o nível também não precisava muito. A resposta foi imediata, direta, sem sutileza alguma:
Curiosamente nenhum dos dois ganhou. Trocaram farpas durante toda a campanha e Fernando Collor de Melo, correndo discretamente por fora, foi quem venceu a eleição presidencial em 1989.
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