A edição de O Estado de São Paulo de 06 de maio de 1937, uma quinta feira, traz o anúncio de ¼ de página detalhando a programação de inauguração da rádio Bandeirantes que se daria naquela noite. Entre muitas outras atrações, estava programada a apresentação de uma jovem violinista, Althéa Alimonda, que tinha um grande número de admiradores na cidade, afinal, a música clássica estava enraizada no gosto da população, eram outros tempos, outra cultura:
Althéa Alimonda, nascida em 1919 em Araraquara, aos 9 anos de idade pegava o trem em sua cidade, saltava na estação da Luz, caminhava até a praça Clóvis Bevilacqua e lá apanhava um bonde para a zona leste onde ia tomar aulas de violino. Sua obstinação levou-a a conquistar uma bolsa de estudos aos 20 anos de idade, tendo sido a primeira brasileira a frequentar a Julliard School de Nova York. Ao retornar ao Brasil casou-se, em 1953, com o joalheiro Emílio Sayegh com quem teve 3 filhos. Althéa trabalhou muito para popularizar a música clássica com o evento Segundas Musicais. Nos anos 90 integrou a orquestra que acompanhava Roberto Carlos em seus shows e gravações. Ela morreu em maio de 2012, aos 92 anos de idade.
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