SÃO PAULO PEGA EM ARMAS

Bandeira de São Paulo
Bandeira de São Paulo

Muita gente morreu em 1932 ao defender São Paulo, na sua revolta contra a ditadura Vargas, durante a chamada Revolução Constitucionalista de 32. Inferiorizado no número de homens e armas, lutando praticamente sozinho contra todos os demais Estados que aderiram ao getulismo, São Paulo perdeu a guerra mas impôs o seu ideal que era o de ser editada uma Constituição à qual o chefe de governo deveria ser obediente, fato que se daria em 1934. A participação entusiástica dos paulistas, homens e mulheres de todas as idades, foi tão significativa que até hoje o 9 de Julho, data de início da revolução, continua sendo comemorado. No início sempre havia uma parada militar com a participação dos veteranos daquele movimento. Hoje pouquíssimos estão vivos e as festividades, como é natural, estão se reduzindo. Em 1948 as comemorações foram nas escadarias do teatro municipal de São Paulo e lá estiveram, entre outros ex combatentes, o governador Adhemar de Barros e um dos comandantes militares de 32, General Euclides Figueiredo, cujo filho, João Batista, 30 anos mais tarde seria eleito pelo colégio eleitoral presidente da República, o último do regime militar de 64, mostrando o quanto o destino é imprevisível. A rádio Bandeirantes, à exemplo de quase todas as 80 comemorações do 9 de Julho, também estava no teatro municipal em 1948:

A revolução Constitucionalista de 32 foi a primeira grande revolta contra o governo de Getúlio Vargas e o último conflito armado de vulto no Brasil. No total, foram 87 dias de combates, de 9 de julho a 4 de outubro de 1932, com um saldo oficial de 934 mortos embora estimativas, não oficiais, reportem até 2.200 mortos. Numerosas cidades do Interior paulista sofreram também fortes danos devido aos combates e aos bombardeios aéreos.

Milton Parron

Milton Parron começou a carreira em 1960 e testemunhou os grandes acontecimentos policiais, esportivos, políticos e culturais em São Paulo e no Brasil. É um dos maiores repórteres da história do rádio brasileiro.

1 comentário

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  • Meu caro, Parron. Obrigado. Muito obrigado. Vou mostrar a meus filhos esse áudio, já que as escolas nada ensinam sobre a Revolução de 32. Com certeza, despertará o interessa no tema.
    Um grande abraço
    Helder Bertazzi
    Diretor de Jornalismo on line do Diário do Grande ABC

Milton Parron começou a carreira em 1960 e testemunhou os grandes acontecimentos policiais, esportivos, políticos e culturais em São Paulo e no Brasil. É um dos maiores repórteres da história do rádio brasileiro.

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