O baião “Paraíba”, de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga, foi uma das músicas de maior vendagem de discos 78 rotações no ano de 1950, na voz de Emilinha Borba. Posteriormente, voltou às paradas em 1952, quando o próprio Luiz Gonzaga resolveu relançá-lo. Tem dezenas de palpiteiros, inclusive teses acadêmicas por aí falando sobre a origem dessa música, que foi escrita para narrar a história da força do estado da Paraíba, nada a ver com a mulher paraibana.
Infelizmente esse bonito baião foi ganhando outros entendimentos no decorrer dos anos e, atualmente, é questionado por quem trava a luta pela igualdade de gênero. Antes que o viés caolho provoque a proibição da execução desse clássico da MPB, ouçam abaixo – não a versão, mas o fato – da boca de quem gravou a música pela primeira vez, Emilinha Borba:
Os três principais personagens envolvidos com a história do baião “Paraíba” já são falecidos, por essa razão há tantas impropriedades publicadas por aí sobre a sua origem.
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Humberto Teixeira, um dos autores, cearense de Iguatu, advogado, compositor e também deputado federal, morreu no Rio de Janeiro em outubro de 1979. Ele também é um dos autores em parceria com Luiz Gonzaga, da emblemática Asa Branca. Luiz, por sua vez, pernambucano de Exú, morreu em Recife em 1989, e a cantora Emília Savana da Silva Borba, ou simplesmente Emilinha Borba, nascida no Rio de Janeiro, lá mesmo faleceu em 2005.
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