Jânio da Silva Quadros, advogado formado na USP e professor de geografia e português no Dante Alighieri e Universidade Mackenzie, foi o vigésimo segundo presidente da República do Brasil. Empossado no dia 31 de janeiro de 1961, demorou 40 dias para tomar pé da situação em que se encontrava a economia do País. Mesmo com a precariedade da qualidade de som e de imagem, numa época em que as transmissões via satélite ainda estavam no plano dos sonhos, a população acompanhou com interesse, no dia 13 de março daquele ano, o primeiro pronunciamento do presidente recém empossado.
Em cadeia de rádio e televisão ele falou principalmente sobre inflação e falta de dinheiro nos cofres públicos, uma realidade já denunciada por Prudente de Morais em 1894, a mesma que encontraria todos os que o sucederam até hoje. Trata-se de um mal atávico que assola o Brasil e para o qual absolutamente NINGUÉM se debruçou até hoje em busca de um antídoto. No pronunciamento de Jânio Quadros, naquela noite de 13 de março de 1961, ficou claro que uma tempestade se avizinhava ao anunciar sua intenção de retirar o subsídio aos combustíveis:
Esse primeiro pronunciamento à nação do recém empossado presidente Jânio Quadros começou a causar forte desconforto naquele grupo que vive eternamente à sombra das benesses do governo. Começou trôpego e sete meses depois já estava cambaleante, sitiado pela esquerda, pela direita e pelos sem ideologia, deparou-se com a dura realidade: o País estava ingovernável. Para a alegria de poucos e decepção de muitos, Jânio Quadros acabou renunciando ao cargo no dia 25 de agosto de 1961, apenas sete meses após ter assumido o cargo.
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