AGOSTO É O MÊS DAS CRISES NO BRASIL

Agosto é considerado um mês agourento para os políticos e para as nossas Instituições e não faltam razões para fundamentar os temores. Em 1954 Getúlio Vargas suicidou-se, em 1961 Jânio renunciou à presidência da República, em 1976 Juscelino Kubitscheck morreu num estranho acidente de carro na via Dutra, em 1992 Collor pediu a população que fosse as ruas com as cores da Bandeira, porém, multidões responderam saindo de luto decretando o fim daquele governo e em 2014 o candidato a sucessão de Dilma, Eduardo Campos, morreu num acidente aéreo em Santos, tudo isso no mês de agosto. Também foi em agosto, em 1961, que setores radicais tentaram impedir a posse do vice João Goulart no lugar do presidente Jânio Quadros que havia renunciado. No dia 30 daquele mês e daquele ano, uma notícia em edição extraordinária divulgada pela rádio Bandeirantes evidenciava que o País estava perigosamente a alguns passos de uma guerra civil caso o radicalismo não cedesse:

A resistência dos militares à posse de João Goulart finalmente foi quebrada graças a um acordo alterando dispositivos Constitucionais que permitiram a criação do Parlamentarismo no Brasil dividindo a autoridade do presidente da República com a do Primeiro Ministro. Aliás o parlamentarismo durou pouco tempo por aqui. E nos dias atuais, como se vê, é raro passar um mês de agosto sem crise política no Brasil.