Um dos finais de carreira mais melancólicos do futebol brasileiro ocorreu com o ídolo do Corinthians e da seleção brasileira, Oswaldo Silva, o Baltazar “Cabecinha de Ouro”. Em 1955, já consagrado, Baltazar era um dos motivos de estádio cheio em dias de jogos do alvinegro do parque São Jorge. Pelo torneio Charles Miller, no dia 06 de julho de 1955, o América do Rio foi derrotado pelo Corinthians no Pacaembú por 3 a 1. Baltazar deixou o seu, confira na narração de Fiori Gigliotti:
Baltazar jogou no Corinthians durante 12 anos, até 1957 e, em final de carreira, atuou pelo Juventus, Jabaquara e pendurou as chuteiras no União Paulista em 1959. Seis anos mais tarde foi convidado a voltar ao Corinthians como auxiliar técnico sendo efetivado como titular em 1970. Foi Baltazar quem dirigiu o Corinthians no clássico em que derrotou o São Paulo por 1 a 0 no dia 06 de junho de 1971 pelo campeonato paulista considerado até hoje um dos jogos mais emocionantes entre as duas equipes em toda a historia desse emblemático confronto. Fiori Gigliotti com sua narração inconfundível deu mais emoção ao espetáculo:
Mas no futebol, como nas gangorras, um dia o time está em cima, no outro lá embaixo. E quando a gangorra desceu, Baltazar caiu em desgraça, foi demitido, tentou a carreira de técnico em equipes menores, tudo sem sucesso. Fora dos gramados, passando por dificuldades, se defendeu como pôde vendendo livros, fazendo biscates até que conseguiu uma vaga de carcereiro no extinto presídio do Carandirú. Pobre, triste e esquecido, Baltazar, que já tinha sido tão aplaudido nos estádios, morreu no dia 25 de março de 1971.
Caro Parron, boa tarde!
Sou fã incondicional de seu trabalho, infelizmente extinto na Rádio Banbdeirantes. Mas gostaria de fazer um comentário com relação a esta sua postagem pois algo está errado já que, se o citado jogo contra o São Paulo aconteceu no dia 6 de junho de 1971, o Baltazar não poderia ter morrido em 25 de março de 1971 (risos). Dá uma conferida por aí… Um forte abraço!