Carmen Miranda foi o maior fenômeno artístico revelado no Brasil até hoje. Em 1939, com um ótimo contrato, ela mudou-se para os Estados Unidos e lá o seu prestígio solidificou-se porque além dos discos e dos shows, também fez 14 filmes. Casou-se com um norte americano fanfarrão, prevaricador, violento e beberrão. Por causa dele e das estafantes jornadas de trabalho, Carmen também acabou se envolvendo com bebidas além de remédios que ela já tomava, tanto calmantes quanto estimulantes. No dia 30 de novembro de 1954 ela voltou ao Brasil, depois de 14 anos de ausência. Veio para se tratar da enorme estafa que a debilitava a cada dia. Apesar de não ter sido noticiada a viagem, em Congonhas uma multidão de amigos e fans aguardavam por ela. Lá também estava a rádio Bandeirantes com José Carlos de Moraes:
Carmen ficou quatro meses em tratamento numa clínica do hotel Copacabana Palace para recuperação. Ligeiramente melhor, retornou aos Estados Unidos no dia 4 de abril de 1955 mas lá voltou a usar barbitúricos e a fumar e beber mais do que antes. Na noite de 5 de agosto após dar uma festa para amigos em sua residencia em Beverly Hills, ela pediu licença para ir dormir. Foi naquela noite que um colapso cardíaco a fulminou e somente na manhã seguinte sua mãe ao entrar no quarto, se deu conta do ocorrido. A imprensa do mundo inteiro noticiou sua morte e ao seu sepultamento no Rio de Janeiro, alguns dias depois, 500 mil pessoas estavam presentes.
Quem era esse Dr Paulo que fala na reportagem Milton por favor.