Não é comum, como também não são recentes, os acidentes aéreos no circuito de tráfego do aeroporto de Congonhas. Só no ano de 1953 foram três, um Lodestar da Panair do Brasil, um Curtiss Comando do Lóide Aéreo Nacional que ficou totalmente destruído por incêndio na pista, ambos não produzindo mortes, e um Constellation, também da Panair do Brasil, que chocou-se com o solo quando se preparava para o pouso. Este último procedia da Inglaterra e provocou a morte de todos os seus passageiros e tripulantes. O jornalismo da rádio Bandeirantes mobilizou-se de imediato, começando por ouvir um dos controladores de vôo da tôrre de Congonhas:
O Constellation era o avião de passageiros mais moderno daquela época, quadrimotor a hélice, com capacidade entre 36 e 45 passageiros, dependendo da versão, além de 6 a 8 tripulantes. Tinha sido lançado no mercado em 1947, sendo o primeiro avião de passageiros pressurizado. Esse que caiu na região sul de São Paulo no dia 18 de junho de 1953, era muito novo, tendo iniciado seus vôos 4 anos antes da tragédia que vitimou todos que estavam à bordo, 10 passageiros e 7 tripulantes, uma tragédia para a época.
O comandante do PP-PDA era Armando de Souza Coelho, que na Segunda Guerra fora piloto do 1º Grupo de Aviação de Caça durante a Campanha da Itália e que completou 62 missões de combate entre 20/01/1945 e 23/03/1945. Ironia do destino escapar de 62 missões e falecer num acidente de pouso em tempos de paz…
Meu tio avô fazia parte da tripulação e faleceu nessa tragédia de junho de 1953 em SP.