“Sou menino passarinho com vontade de voar”, trecho da música Prelúdio Prá Ninar Gente Grande talvez defina bem a personalidade do seu autor Luiz Rattes Vieira Filho, ou, Luiz Vieira simplesmente. Pernambucano de Caruarú onde nasceu em outubro de 1928, ele é um dos compositores que mais vendeu discos nas décadas de 50 e 60 nas vozes de variados intérpretes, e, também na dele. Menino de Braçanã, Prelúdio Prá Ninar Gente Grande, Guarânia da Lua Nova, Os Olhinhos do Menino, Estrada da Saudade, Balada do Amor Sublime, Guarânia da Saudade, Paz do Amor são apenas algumas das suas dezenas de composições.
Ocorre que Luiz Vieira sempre foi muito inquieto e, por isso mesmo acabou desempenhando as mais variadas e inverossímeis atividades, inclusive “guia de cego” como costuma dizer, e não é exagero, ao contrário, a mais pura verdade. Talvez seja por esse desassossego que certa vez ele se aventurou a apresentar ao diretor artístico da rádio Bandeirantes, um piloto de programa sobre caminhoneiros, um dos tais que foi reprovado por Hélio em 1976:
Luiz Vieira, poeta, cantador, contador de histórias, músico, um artista completo. Apesar de pouco divulgado nos dias atuais, mantém-se em forma e até apresenta um programa de rádio diário no Rio de Janeiro. Seu nome, no entanto, já está inscrito na constelação dos astros e estrelas da nossa MPB.
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