Zé Kéti: Centenário esquecido de um grande artista

Zé Kéti no Rio de Janeiro

O carioca José Flores de Jesus foi um dos compositores mais populares do Brasil a partir de 1955, quando emplacou seu primeiro sucesso nacional, “A Voz do Morro”, trilha do filme Rio 40 Graus, de Nelson Pereira dos Santos. Por ser muito tímido, ganhou ainda em criança o apelido de Zé Quieto, que mais tarde foi adaptado para Zé Kéti.

Em 1967, já com vários sucessos na carreira, Zé Kéti emplacou a arrasadora marcha-rancho “Máscara Negra”, gravada por ele próprio, e também por Dalva de Oliveira, que tirou o primeiro lugar no concurso de músicas para o carnaval no Rio de Janeiro, e de imediato caiu no agrado dos brasileiros em geral.

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Em 1991, Zé Kéti, entrevistado na Rádio Bandeirantes, contou um detalhe interessante sobre o processo de criação da música “Máscara Negra”:

Zé Kéti

Nascido no Rio de Janeiro, em 1921, Zé Kéti morou em São Paulo durante a década de oitenta. Em julho de 1987 teve um derrame cerebral, e em 1995 voltou a morar no Rio de Janeiro, onde viria a falecer em 1999. Tinha, então, 78 anos de idade e uma bagagem musical invejável.

Suas canções foram precursoras das músicas de protesto dos anos 1960, ao valorizar na MPB o cotidiano dos morros cariocas e propor discussões sobre as desigualdades que até hoje imperam na realidade brasileira. Em setembro deste ano transcorreu o aniversário de 100 anos de Zé Kéti, infelizmente poucos se lembraram de render à sua memória as devidas homenagens.

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