José Manuel Ramos Delgado, um ser humano fantástico, pessoa muito querida pelos companheiros, que chamava a atenção de todos quando mereciam repreensão, falando de dedo em riste, em altos brados, fôsse quem fôsse, até Pelé. Argentino de nascimento, foi revelado pelo Lanús, esteve no mundial da Suécia pela seleção de seu País, voltando transferiu-se para o River Plate até 1965 e dois anos mais tarde foi vendido ao Santos FC. No alvinegro da Vila permaneceu até 1972, a maioria desse tempo como capitão da equipe, como já havia sido no River e na própria seleção argentina. Encerrou sua carreira em 1973 na Portuguesa Santista. Zagueiro raçudo destacava-se pela força, pelo comando, determinação e técnica refinada. Aqueles que com ele conviviam sabiam que dificilmente Ramos Delgado se emocionava, porisso se surpreenderam com suas lágrimas ao receber o troféu Bandeirantes com o qual o Scratch do Rádio premiava o melhor jogador em campo nas partidas oficiais do campeonato paulista. Foi no dia 21 de abril de 1971, na Vila Belmiro, Santos 1 x São Paulo 0, jogo que teve a narração de Flávio Araújo, comentários de Mauro Pinheiro e reportagens de Roberto Silva, o “olho vivo”, que foi quem fez a entrega do troféu a Ramos Delgado:
Ramos Delgado, um dos craques do maior time de futebol que o mundo já conheceu, o Santos dos anos 60, morreu no dia 03/12/2010, mas a imagem daquele “xerife” que impunha ordem na zaga alvinegra, jamais se apagará da memória de todos aqueles que gostam do futebol de boa qualidade