Violência urbana nos anos 40

A violência em 1948 não havia se banalizado em São Paulo como nos dias atuais. Por essa razão teve enorme repercussão nos jornais da época um crime passional que ocorreu num apartamento no bairro da Consolação. Aconteceu na rua Visconde de Ouro Preto e o pivô da tragédia foi uma bonita mulher pela qual dois homens haviam se apaixonado. Maria Botanza namorava Aurélio. Seu ex, que se chamava Abrão, inconformado com o fim do romance numa determinada tarde descobriu que Maria e Aurélio estavam no apartamento da moça e enfurecido pelo ciúmes para lá rumou:

Essa entrevista com a personagem principal do enredo que se transformou em tragédia foi feita três dias após o crime onde morreram duas pessoas e ela, o pivô de tudo, Maria Botanza, resultou ferida com dois tiros. A “tragédia da rua Ouro Preto”, como os jornais cunharam na época, ocorreu em fevereiro de 1948, e a entrevista para a rádio Bandeirantes foi feita pelo repórter José Carlos de Moraes no dia 19 daquele mês. Foi assunto de capa de todos os jornais durante uma semana. Hoje, quando muito, esse tipo de ocorrência vira notinha de rodapé dos jornais.

Milton Parron

Milton Parron começou a carreira em 1960 e testemunhou os grandes acontecimentos policiais, esportivos, políticos e culturais em São Paulo e no Brasil. É um dos maiores repórteres da história do rádio brasileiro.

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Milton Parron começou a carreira em 1960 e testemunhou os grandes acontecimentos policiais, esportivos, políticos e culturais em São Paulo e no Brasil. É um dos maiores repórteres da história do rádio brasileiro.

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