SHOW DE RÁDIO

Sangirardi

Há pouco mais de 20 anos morreu em São Paulo um dos mais talentosos profissionais do rádio, Estevan Bourroul Sangirardi. Ele começou sua carreira em 1946 como locutor de um programa de tangos as onze da noite na rádio Record. Mais tarde passou a se dedicar ao rádio esportivo escrevendo e apresentando noticiários e principalmente resenhas semanais, uma delas tornou-se verdadeira referência: “Palhinha Filmando a Rodada”. Em 1961 Sangirardi foi contratado pela rádio Bandeirantes e aqui permaneceu até 1965 período em que deu uma grande guinada em sua área de atuação passando a se dedicar ao humor, porém, sempre associado ao esporte, criando figuras caricatas moldadas em personagens dos campos de futebol. Foi dessa maneira que nasceu o programa “Riso Futebol Clube”, em 1965, com meia hora de duração apresentado aos domingos antes das jornadas esportivas. Retornando às Emissoras Unidas, da família Machado de Carvalho, o “Riso Futebol Clube” mudou de nome passando a se chamar “Show de Rádio” sendo considerado, ao lado da “PRK-30” de Lauro Borges e Castro Barbosa, do “Balança mas não cai” criado por Max Nunes e do atual “Na Geral” na rádio Bandeirantes, com Beto Hora, Lélio Teixeira e Zé Paulo da Glória, um dos 5 melhores programas de humor do rádio de todos os tempos. Em 1982 Sangirardi retornou à Bandeirantes trazendo consigo o “Show de Rádio” e todo o elenco de humoristas que já o acompanhava há bom tempo.
Em 1992 fiz uma longa entrevista com Estevan e enquanto ouvíamos trechos do seu “Show de Rádio” ele me descreveu a origem dos seus mais famosos personagens:

Estevan Bourroul Sangirardi, pai de dezenas de personagens como o Joca, Didú do Morumbi, Noninha, Comendador Fumagalli, Pai Jaú e do cardiologista Carlos Alberto Pastore, seu único filho na vida real, faleceu em setembro de 1994 levando com ele a imagem do mestre que arrancava gargalhadas sem apelar para o non sense tão comum nos dias atuais.

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