Há 87 anos, 09 de julho de 1932, era deflagrada a Revolução Constitucionalista liderada por São Paulo. Foi um movimento armado, entre julho e outubro daquele ano, que tinha por objetivo derrubar o governo provisório chefiado por Getúlio Vargas e convocar uma Assembleia Nacional Constituinte que teria a incumbência de elaborar uma nova Constituição já que a de 1891, a primeira pós-monarquia, tinha sido suspensa pelo próprio Getúlio ao assumir o governo, em novembro de 30, após a deposição de Washington Luis. Finalmente a nova Constituição, a terceira do Brasil, foi promulgada em 1934, graças a revolução de dois anos antes quando muitos morreram nos combates e muitos se tornaram heróis, um deles, o general Euclides Figueiredo que na época era capitão. Nas comemorações do 9 de julho, no ano de 1948, nas escadarias do Teatro Municipal, ele foi um dos homenageados:
O general Euclides Figueiredo, ao término da revolução de 32 foi preso e exilado em Portugal. Obtendo anistia, em 1934, continuou fazendo oposição ao regime ditatorial de Getúlio Vargas e novamente foi preso e novamente exilado. O tempo passou, e, nas comemorações dos 50 anos da Revolução Constitucionalista, no ano de 1982, ele já tinha falecido e quem presidia o Brasil era o seu filho, João Batista de Figueiredo:
A Revolução Constitucionalista de 32, infelizmente, pouco espaço ocupa na História do País, quase nada a seu respeito é discutido nas escolas. Porém, o episódio está presente com força graças aos vários endereços conhecidos da Capital e cidades do interior, entre eles, as avenidas 23 de Maio e 9 de Julho; mausoléu do Ibirapuera, rua MMDC no Butantã que alude ao acrônimo Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo os quatro jovens mortos por tropas getulistas no dia 23 de maio de 1932, crimes que ajudaram a deflagrar o movimento armado no dia 9 de julho.