Desde sua inauguração, em maio de 1937, a rádio Bandeirantes tem estado presente no cotidiano de vida de São Paulo. Seu jornalismo, de longa data, carrega a fama de estar presente em todos os acontecimentos de relevância.
Hoje banalizou-se, mas na década de 40, a inauguração de um simples semáforo era motivo de ajuntamento de verdadeiras multidões. O que não era comum, era a presença do rádio em tais acontecimentos por causa das dificuldades das transmissões externas. A Bandeirantes, com equipamentos modernos a partir de 1948, era uma exceção à regra e em função disso fazia coberturas diferenciadas e numa delas registrou um acontecimento insólito que ocorreu na noite de 12 de outubro de 1948, quando foi inaugurado o 15° semáforo da cidade de São Paulo, localizado na esquina da Marquês de Itú com a Rêgo Freitas.
Aquele fato tinha uma repercussão política tão grande que, além de um enorme público, também compareceram várias autoridades, incluindo deputados, senadores, o prefeito, também o arcebispo metropolitano, e, claro, o governador à quem incumbia a responsabilidade de cuidar do trânsito na Capital. O governador de São Paulo era o dr. Adhemar de Barros que ao chegar ao local de inauguração do novo semáforo, como sempre acontecia, foi recebido com entusiasmo. Porém, ao discursar, aconteceu o inusitado:
E assim tem sido ao longo destes 75 anos em que a Bandeirantes está no ar. Nos momentos marcantes do esporte, nas novas conquistas da ciência, nas convulsões políticas e sociais, nos espetáculos culturais e artísticos o microfone da Bandeirantes sempre esteve e continua presente. O resultado não se traduz apenas na verdade expressada no seu histórico slogan de “A mais popular emissora paulista”, como também, na formação do mais rico acervo sonoro do rádio brasileiro – o seu centro de documentação e memória conhecido por CEDOM – onde centenas de preciosidades, como essa inauguração de um dos primeiros semáforos da Capital, estão arquivadas.
Comentários (2)
essas lembranças dos tempos passados, da uma saudade tão grande dos velhos tempos, é muito importante guardar essas
lembranças para as futuras gerações, para eles lembrarem como
era a vida das pessoas a varios anos atras.
Olá, sou historiador e moro no rio de janeiro. Gostaria de saber como faço para ter acesso ao acervo da rádio bandeirantes do início dos anos 50, quando trabalhava na rádio o jornalista oswaldo moles. Procuro mais especificamente o programa Museu do Ipiranga, que ele dirigiu entre 1951 e 1953.
cordialmente,
Romney Lima