Mario Juruna , nascido em setembro de 1942 na aldeia xavante Namakura, próxima a Barra do Garças, Mato Grosso, foi o primeiro indígena eleito deputado federal no Brasil para o mandato de 1983-1987. Ele era filho do chefe da aldeia, Apoenã e lá viveu, sem contato com o a população branca brasileira, até os dezessete anos, quando sucedeu seu pai na liderança da aldeia.
Na década de 1970, ficou famoso ao percorrer os gabinetes da FUNAI,em Brasília, lutando pela demarcação de terra para os índios, levando sempre a tira-colo um gravador “para registrar tudo o que o branco diz” demonstrando, assim, que as autoridades, na maioria das vezes, não cumpriam a palavra.
Foi eleito deputado federal pelo Partido Democrático Trabalhista, representando o Estado do Rio de Janeiro. Em 1984, denunciou o empresário Calim Eid por tentar suborná-lo para votar em Paulo Maluf, candidato dos militares à presidência da república, no colégio eleitoral e garantiu publicamente que votaria em Tancredo Neves:
Não conseguiu se reeleger em 1986, mas continuou ativo na política por vários anos. Findo o mandato e abandonado pela tribo, ficou na miséria, vindo a falecer em decorrência de diabetes.