José Gil Avilé, conhecido pelo pseudônimo Beija Flor, foi um repórter policial dos mais populares do rádio paulista. Durante muitos anos o seu bordão “alô gente, polícia chamando” abriu espaço na programação da rádio Bandeirantes para as informações que Beija Flor transmitia direto do COPOM, centro de comunicações da Polícia Militar de São Paulo. Nos seus noticiários diários criou expressões que foram incorporadas ao linguajar da população, entre elas, safardelo, picareta, ver o sol nascer quadrado, comer capim pela raiz, tomar café de canequinha, casa amarela (prisão), preto no branco, hoje de uso geral. Tal era o interesse de Beija Flor pelas gírias da malandragem da época que estava escrevendo um dicionário para reunir essas expressões populares, livro que não chegou a concluir. Dos arquivos do CEDOM – Centro de Documentação e Memória da Rádio Bandeirantes, destacamos um boletim do saudoso Beija Flor durante um programa apresentado por Ferreira Martins em 1982:
José Gil Avilé – Beija Flor – morreu vitimado por um enfisema pulmonar, no auge de sua carreira, em abril de 1993, aos 49 anos de idade.
Comentários (1)
Ele faleceu em 93 ou 83?
O Luiz Fernado Magliocca me falou que ele mesmo precisou noticiar a morte do Beija-Flor nos microfones da Difusora porque o quadro de locutores estava todo em greve.