Se a roda do tempo pudesse girar ao contrário, certamente Pelé a faria voltar ao ano de 1976. Ele estava casado com Rose Cholbi, sua primeira esposa, tinha um casal de filhos, Kelly Cristina e Edson Cholbi Nascimento, o Edinho. Certo dia, no mês de abril daquele ano, Pelé entrou no estúdio principal da rádio Bandeirantes, por volta das 12hs30, onde Hélio Ribeiro apresentava o programa de maior audiência na cidade, O Poder da Mensagem. Hélio convidou Pelé para um boa tarde e acabou fazendo, como sempre, uma entrevista diferente, inteligente, prazerosa de se ouvir e, claro, tocou no assunto família. Pelé sonhava com um futuro promissor para seus dois filhos, crianças ainda, nem de longe imaginando o que estava reservado para o caçula, Edinho:
Os anos correram rápidos e o menino que perguntava ao pai se “ele era o famoso “ Pelé, também se tornou profissional de futebol, porém, jogando no gol contrariando a vontade do “velho” cuja especialidade era vencer os goleiros. Foi um jogador mediano por isso não durou muito a sua carreira iniciada em 1990 e encerrada em 1999, jogando pelo Santos, Portuguesa Santista, São Caetano e Ponte Preta. O mais duro para o pai vencedor, foram os envolvimentos do filho com a Justiça, inicialmente, num caso de “racha” no trânsito que resultou em atropelamento e morte de um pedestre, e, mais à frente, com traficantes de drogas. No primeiro processo teve a sentença de 6 anos de reclusão anulada e no processo das drogas a condenação, pesadíssima, foi de 33 anos de prisão. Ah! Se a roda do tempo girasse para trás!