Já nas primeiras semanas após a deposição do presidente João Goulart, ocorrida em março de 1964, teve início o clássico festival de homenagens promovido pelas Casas Legislativas de todo o País, muito mais com a intenção de preservar os privilégios dos próprios bajuladores do que enaltecer os homenageados, propriamente dito.
Sabidamente, entre as lideranças civis que apoiaram aquele movimento, as três principais foram os governadores de São Paulo, Adhemar de Barros; Minas Gerais, Magalhães Pinto e Carlos Lacerda, do Estado da Guanabara. Todos eles foram enaltecidos em concorridas sessões solenes na Assembleia Legislativa de São Paulo:
Adhemar de Barros e Carlos Lacerda discordaram dos rumos da chamada “Revolução de Março” e, em função disso, foram punidos com a cassação de seus mandatos e suspensão dos direitos políticos por 10 anos. No mesmo plenário onde alguns meses antes tinha sido tão elogiado, ouçam a forma como os mesmos deputados se manifestaram sobre a cassação de Adhemar:
Dos ditados populares, provavelmente aquele que mais reflete a realidade é o que diz: “política é a arte da dissimulação”. Poucos tem sucesso na carreira política se não souberem se adequar a esse ensinamento.
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Não conhecia essa parte da história.