O último de muitos erros

A atuação do presidente João Goulart frente a um protesto de cerca de 2 mil marinheiros e fuzileiros navais, no dia 25 de março de 1964, desgastou ainda mais sua imagem junto aos chefes militares. A ordem de Goulart para que o sindicato onde o protesto se realizava não fosse invadido, ocasionou a renúncia do mandante da ordem de invasão e prisão dos indisciplinados, ministro da Marinha, Almirante Sílvio Mota. Em seu lugar foi nomeado Paulo Mário da Cunha Rodrigues, ligado ao PCB, o que irritou ainda mais os militares.

Na sequência, João Goulart concedeu anistia aos revoltosos punidos por terem saído em passeata pelas ruas do Rio de Janeiro. Exército, Marinha e Aeronáutica consideraram o gesto do presidente como uma quebra no comando da hierarquia militar.

Foi nesse contexto que João Goulart foi convidado para a cerimônia de posse da Associação dos Sargentos e lá fez seu último discurso jogando mais gasolina na fogueira:

Quando João Goulart e seus ministros saíram da sede do Automóvel Clube naquela segunda-feira, 30 de março, sua sorte tinha sido lançada. No dia seguinte começou a sua deposição.

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