“Aracy de Almeida é, na minha opinião, a pessoa que interpreta com exatidão o que eu produzo”. É o que está escrito na revista “A Pátria”, edição de 4 de janeiro de 1936, e a declaração é do extraordinário Noel Rosa. Impossível falar de Noel sem associar o compositor à intérprete Aracy, e vice-versa. Ambos se completavam.
Noel morreu muito jovem, aos 26 anos, em 1937, deixando uma bagagem musical invejável. Muitas de suas músicas, especialmente as que alcançaram sucesso, foram gravadas por Aracy. Apenas quatro anos mais nova, ela conheceu Noel já na adolescência, do qual se tornou amiga muito próxima. Com ele, frequentava as rodas boêmias do Rio de Janeiro na década de 30. Perguntei certo dia a Aracy, em entrevista para meu programa Memória, se não havia riscos para uma mocinha frequentar aqueles ambientes:
Aracy de Almeida, a primeira grande cantora de samba no Brasil e, por essa razão, anunciada nos programas de rádio como o “Samba em Pessoa” também foi a maior intérprete de Noel Rosa e uma das maiores expressões da MPB. Ela faleceu no Rio de Janeiro, em junho de 1988.
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