Martinho José Ferreira é uma unanimidade, o chamado “boa praça”, especialmente quando despido da formalidade imposta pelo nome de batismo e leva papos agradáveis que podem durar horas investido no personagem nacionalmente conhecido, respeitado e querido, Martinho da Vila.
Num determinado dia de 1979 gravei com ele, para o programa Memória, uma conversa com muita música que começou pela hora do almoço e se encerrou beirando a do jantar, tudo isso na quadra de ensaios da Unidos de Vila Isabel, no Rio de Janeiro:
Martinho da Vila, nascido em 1938, órfão de pai ainda criança, começou a trabalhar muito cedo para ajudar no sustento da família.
Em 1970 deu baixa no Exército onde, era sargento intendente, para se dedicar exclusivamente a vida artística. Se o Exército não perdeu um futuro general, a MPB e o público brasileiro, pelo contrário, ganharam com certeza uma de suas maiores expressões.
Não sou um grande conhecedor do samba, mas é inegável que Martinho tem uma brilhante carreira.