No dicionário político, não existe a expressão “amizade”

Getúlio Vargas (Reprodução/Internet)

No dia 10 de novembro de 1937, foi instaurado o Estado Novo no Brasil, nome com o qual ficou conhecida a ditadura Getúlio Vargas entre os anos de 1937 e 1945. Também chamado de Terceira República, o Estado Novo foi criado à luz dos ideais fascistas.

Todo ano, no dia 10 de novembro, o ministro da Guerra de Getúlio, general Eurico Gaspar Dutra, promovia um almoço no Clube Militar para comemorar a data, e sempre com a presença do chefe de governo. Como em 1944, por exemplo:

Na política, está provado que não existe amizade, mas momentos de amizade. Lealdade, quando se manifesta, é na esperança de receber favores.

Nove meses após o discurso proferido pelo general Eurico Gaspar Dutra enaltecendo o chefe supremo das Forças Armadas, sob aplausos entusiasmados da alta oficialidade, Getúlio Vargas foi deposto. E quem estava à frente do movimento? General Pedro Aurélio de Góis Monteiro, um dos presentes ao regabofe acima aludido. Ele tinha sido o comandante militar da Revolução de 1930 que derrubou Washington Luís e colocou Getúlio no seu lugar na presidência da República. Mais tarde, Góis Monteiro comandou as tropas federais contra São Paulo na Revolução Constitucionalista de 32.  Achando que era pouco, foi um dos que garantiram a decretação e a manutenção do Estado Novo.

Os registros implacáveis do CEDOM – Centro de Documentação e Memória da Rádio Bandeirantes –  estão aí para provar os fatos e desmentir as versões.

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