Nem contrato garante estabilidade nesse emprego

O momento atual do técnico Luis Felipe Scolari leva a reflexão de que uma das profissões mais ingratas, e não é de hoje,  é a de técnico de  futebol.  Ninguém garante àquele que está na berlinda num determinado dia, que no dia seguinte ele não estará vivendo o drama do total ostracismo.   Técnico de futebol é o empregado mais desempregado do mercado de trabalho.  O mesmo Palmeiras que hoje enaltece, com todos os méritos, diga-se,  seu técnico Luis Felipe Scolari,  já fez o mesmo com muitos outros.  E o dia seguinte de todos eles, foi muito triste.  Lembram-se do criador do esquema de jogo “carrossel”, também criador da inesquecível Academia de Futebol do Palmeiras dos anos sessenta e setenta, Ernesto Filpo Nuñes?

Filpo também teve a glória de dirigir a seleção brasileira (foto) em um amistoso contra a seleção do Uruguai na inauguração do Mineirão de Belo Horizonte. Na ocasião, nossa seleção foi representada pelo extraordinário Palmeiras daquela época, que era treinado por Filpo Nuñes. O que ele mais reclamava já no fim da vida – morreu em março de 1999 – não era da falta de um emprego, mas, da falta de reconhecimento do seu trabalho com uma simples foto na sala de troféus, dos tempos em que dirigiu o Palmeiras, em três oportunidades, diga-se.

Milton Parron

Milton Parron começou a carreira em 1960 e testemunhou os grandes acontecimentos policiais, esportivos, políticos e culturais em São Paulo e no Brasil. É um dos maiores repórteres da história do rádio brasileiro.

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Milton Parron começou a carreira em 1960 e testemunhou os grandes acontecimentos policiais, esportivos, políticos e culturais em São Paulo e no Brasil. É um dos maiores repórteres da história do rádio brasileiro.

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