Em 1969 o Papa Paulo VI jogou um balde de água fria na cabeça de milhões de fiéis, coincidentemente, todos corintianos. Até Vicente Leporace pelos microfones da rádio Bandeirantes, em seu programa O Trabuco, torcedor fanático do alvinegro, externou seu descontentamento com a decisão do Papa:
Porém, fé de corintiano não se abate com a simples cassação do santo protetor de seu time e, assim, as rezas dos torcedores migraram dos templos para os terreiros e Pai Jaú assumiu a responsabilidade de promover os milagres que, até então, era atribuição de São Jorge.
Pai Jaú, nome de batismo Euclides Barbosa, no passado tinha sido zagueiro do Corinthians. Depois de pendurar as chuteiras, dedicou seu tempo a umbanda tornando-se um respeitável pai de santo. Suas orações no vestiário do timão, antes de jogos decisivos, invocando proteção aos jogadores e uma ajudazinha dos orixás para um placar favorável ao Corinthians, eram imprescindíveis:
Em 2024 , até meados do segundo semestre, o Corinthians estava, por assim dizer, com um pé na série B. Repentinamente teve início uma recuperação na qual ninguém mais acreditava, isto é, exceto a nação alvinegra que não entrega os pontos jamais. Quando o futebol de seus jogadores é curto, entra em campo a fé dos torcedores nos santos católicos e nos orixás da crença umbandista:
Não há série B que resista a tanta fé!