O cabo da Polícia Militar Expedito Dias Romão, quando chegou à Praia da Enseada, em Bertioga, na tarde de 7 de fevereiro de 1979, atendendo a uma ocorrência recebida pelo rádio da sua viatura, já encontrou uma pequena aglomeração em volta do corpo de um homem aparentando 70 anos, branco, pele bem clara e de bigode. Já estava morto, aparentando ter sido vítima de infarto. Levado ao necrotério local verificou-se que se tratava do austríaco Wolfgang Gerhard, 54 anos, técnico em mecânica, residente no bairro do Brooklin, na capital. Depois das providencias legais o corpo foi removido para a cidade de Embu onde foi sepultado no cemitério local.
Seis anos se passaram e uma notícia surpreendeu o mundo quando se descobriu que a identidade daquele morto na praia da Enseada era falsa. No dia 20 de junho de 1985, o então delegado da Polícia Federal, Romeu Tuma, confirmou a incrível história:
Wolfgang Gerhard em verdade era Josef Mengele um dos criminosos de guerra mais procurados após o fim da Segunda Guerra Mundial. Era um médico nazista conhecido como o “Anjo da Morte” do campo de concentração de Auschwitz. As atrocidades que ele praticou contra os prisioneiros de guerra ultrapassam os limites da imaginação em matéria de maldade. Infelizmente, Mengele só foi localizado depois de sua morte por um mal súbito seguido de afogamento. Os tribunais não tiveram tempo para aplicar contra ele o castigo que tão bem merecia.
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