Malandro sim, vagabundo jamais!

Aos 15 anos de idade, sem pai e sem mãe, para agravar ainda mais a sua situação, José Bezerra da Silva conseguiu ser expulso da Marinha Mercante. Para fugir da pobreza viajou, só com a roupa do corpo, no porão de um navio carregado de açúcar que saiu de Recife com destino ao Rio de Janeiro. Arranjou um emprego de pintor de paredes que mal lhe rendia o suficiente para a alimentação. Dormir, quase sempre, era sob as marquises dos prédios. Como gostava de cantar, um dia, em 1969, com a ajuda de um amigo teve a chance de gravar um disco. Deu certo, foi o primeiro de um total de 28 álbuns que venderam mais de 3 milhões de cópias. E só não foi um artista mais popular porque o tempo que morou nas ruas e nos morros produziu uma discriminação odiosa impedindo que Bezerra da Silva tivesse a visibilidade merecida na mídia em geral:

Este é o mês de aniversário da morte do sambista Bezerra da Silva, que nascido em Recife em 1927, faleceu no Rio no dia 17 de janeiro de 2005.

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